Abrindo as portas do jardim novamente

Não sei por onde começar a escrever, há muito tempo não escrevo nada a não ser no meu diário, e mesmo assim, é bem eventualmente também. Em momentos de desesperança ou ajuda, para ser mais precisa. 

Lembro-me que comentei por aqui o quanto eu tinha uma intuição de que esse ano seria de certa forma bom para mim, ou que ao menos seria diferente, se assim posso dizer, dos outros anos que já vivi em minha vida. Sabe, eu sempre confiei muito em minha intuição, não que eu coloque toda a fé nela, ela é como uma sombra amigável na minha cabeça me dando um sinal, me confidenciando algo importante, “talvez as coisas que você planejava, não vão acontecer hoje”, é algo deste tipo, não mudo tudo nem faço tudo dar certo por causa disso, apenas vivo o meu dia como acredito que ele deve ser vivido. 

E aqui vai algo estranho, acreditem se quiserem, mas... ela sempre acerta, isso é algo mágico de certa forma, não é? Bem, eu acredito que sim, eu acredito em fadas, logo tenho que acreditar que existe magia nesse mundo, talvez não se manifeste como na maioria dos livros de fantasia, e nas histórias de contos de fada, mas é como na frase de O Jardim Secreto: “Se você olhar bem, verá que o mundo todo é um jardim”. Comparando com essa citação que carrego em meu peito desde menina, é quase como dizer que o jardim é a própria magia, se você perceber os pequenos detalhes da vida, você tem ali toda a magia que você necessita, certas vezes não chamamos de magia, damos qualquer outro nome, ou nome nenhum, e apenas sentimos, seja um calorzinho no coração, os flores desabrochando ao redor de nós. 

Sei que demorei a voltar, e foi proposital, precisava assimilar as coisas que a vida veio me proporcionando nesses últimos meses, e no meio das tantas desventuras que estamos passando, me aconteceu coisas tão boas, e sou muito grata por isso, pois sem elas eu não conseguiria passar por tudo isso sozinha, ou conseguiria, já passei por tanta coisa em meus poucos anos de vida, mas provavelmente sairia marcada demais, e do jeito que as coisas andaram, eu tenho me saído bem.

A única rede social que tenho usado no momento é o twitter, esse que nunca me imaginei usufruindo, e descobri ser um espaço muito amigável da internet, se você escolher os caminhos certos que andar por ele, no começo da pandemia me sentia desanimada, cheia de pensamentos tristes por tudo que estava acontecendo, e percebi que aparentemente várias pessoas compartilhavam exatamente a mesma coisa, e isso me fez ver que estamos todos no mesmo barco, e apesar de ele aparentemente estar afundando rs, ser apoiado por pessoas com sentimentos similares e que estão conseguindo passar por isso torna tudo mais suportável e com isso me senti pronta a respirar novamente. 

No final, não temos muito o que fazer a não ser ficarmos em nossas casinhas, uma hora isso tem de terminar, afinal, minha intuição me diz que ainda não é o fim, o mundo só está de castigo, ele não vai terminar, fiquem tranquilos e tentem preencher o tempo livre de vocês com boas histórias e pensamentos positivos, talvez reler Pollyanna seja uma boa ideia, aposto que nessa hora ela teria algo bom e otimista a dizer sobre tudo isso, essa menina sempre tinha uma carta na manga, já volto, tenho que me lembrar do que ela um dia já me ensinou.

Abraços,

Bia