Em meu jardim, eu pratico a gentileza (blogmas #1)

06 dezembro, 2025

Com o meu aniversário de vinte oito anos se aproximando, tenho refletido bastante sobre a pessoa que desejo me tornar, sobre como desejo daqui para frente ir ornamentando e cuidando do meu jardim interior. Este ano, por exemplo, fiz uma meta mental de praticar mais a gentileza e a gratidão, e foi uma experiência adorável ver o quanto esses dois pequenos gestos puderam trazer tanto conforto ao meu coração.

Na semana passada, eu e minha mãe resolvemos ir passear e fazer compras na cidade vizinha. Chegamos na hora do almoço e, no final da tarde, como sempre, escolhemos um cafeteria para tomar um café diferente. Eu escolhi um não tão diferente assim, porém esse aparentemente nem sempre está incluído no cardápio de todas as cafeterias, e é o meu favorito: o chai latte. Foi o melhor chai latte que já tomei, e me orgulho em dizer que já experimentei de diversos lugares diferentes. No momento após tomar essa bebida preparada maravilhosamente, pensei: "eu gostaria de agradecer a pessoa que fez esse chai latte, pois tomá-lo me deixou tão feliz, pois estava tão gostoso, porém, estou com vergonha...". Eu pensei um pouco, quase nada, não deixei espaço para muitos questionamentos e desculpas, e então, na hora em que fomos pagar perguntei pelo barista e o agradeci. Disse o quanto o café que ele fez havia ficado incrível e, logo após isso, ficamos jogando um pouco de conversa fiada fora, nos despedimos e fomos embora. É engraçado que eu não sou tímida, mas demonstrar gratidão causa timidez pelo fato de quase ninguém fazer isso.

Então, que no próximo ano que está quase chegando, eu lembre o quanto sou grata pelas coisas em minha vida no momento, mesmo que algumas delas não estejam do jeito que gostaria. Sei que irão melhorar, e sei que estou me dedicando a cada dia que passa para mudar isso, e isso é o suficiente.

Para além da gentileza, gostaria também de plantar a semente da autoconfiança no meu jardim interior, principalmente nessa fase em que me encontro diante de tarefas no cotidiano que dependam que eu acredite mais em mim mesma para que elas também possam acontecer. E, até essa idade em que me encontro, eu não havia me dado conta do quanto isso me falta, do quanto preciso que eu acredite mais em meu potencial, estou certa de que, após alguns episódios traumáticos pelos quais passei na minha vida há alguns poucos anos atrás, tive certa dificuldade em confiar não só naqueles ao meu redor, mas em mim mesma também, achei estranho isso, lembro da minha professora da faculdade dizendo que há algo errado quando sentimos "certa estranheza" no discurso ou história do paciente, senti isso aqui esses dias após ter tido um pico de estresse.

Venho pensando que, essa idade dos vinte e sete me trouxe esclarecimentos em muitos aspectos, a maioria deles bons, acredito, pois possibilitaram que eu mudasse coisas em minha vida de forma inesperada, e tão inesperado, que ainda estou me acostumando, me adaptando no decorrer que a primavera passa, esta que foi calorosa na maioria dos dias, e meio tempestuosa em outros, talvez o ano passado tenha sido de hibernação em minha vida, e este que se encontra no final, seja o início do meu florescimento.

Abraços,
Bia

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